Eu poderia tentar (d)escrever como foi meu final de semana. Mas a linguagem verbal não seria suficiente. Então eu poderia pegar trechos de música, poemas, imagens, fotos, pinturas e links. Poderia diagramar tudo em uma certa ordem específica, e ali teria um espelho de tudo. Poderia fazer tanto mais para externar o resultado de horas tão intensas. Poderia...
O mar, um tarô, Psiquê, Orestes, Dândalo, uma irmãzona...
O lance do final de semana é ouvir os mais velhos.
Eles sempre dizem as coisas certas nas horas certas.
Por exemplo:
É na clareza da mente
Que explode a procura de um novo processo
E o que é meu direito eu exijo não peço
Com a intensidade de quem quer viver
E optar: ir ou não por ali. (Oswaldo Montenegro)
Que vergonha, dona Mirana... a sua amiga muda de blog e você só percebe depois de meses!
Danizinha, sua nova casa já está aqui. E eu vou estar lá com mais frequência...
Boletim informativo do meu estado de espírito (serviço de utilidade pública)
Confusa, confusa, confusa. Foi feita alguma relocação de cluster no meu hd e tenho tido uma dificuldade enorme de encontrar o caminho do arquivo desejado. Conflitos de informações all the time. Estou dando pau. Mesmo depois de checar cinco vezes na agenda (isso mesmo, cinco) a que horas é a minha terapia hoje, ainda me pego em dúvida sobre o horário que vou almoçar.
Quando me perguntam o que vou fazer no feriado, a resposta é a seguinte: "você executou uma operação ilegal e esse programa será fechado".
Viro as costas e me ponho a tentar descobrir se eu realmente voltei a namorar ou não.
Puxa, puxa, puxa.
Não entendo várias coisas desse mundo.
Uma delas é muito séria.
Imagine que você é uma lagarta que vive por aí roendo folhas. Você vive olhando pra cima pensando como seria legal ser uma borboleta. Passa a sua vida de lagarta querendo ser borboleta.
Aí chega um dia que você toma coragem, respira fundo e começa a construir seu casulo. Dá um trabalho danado, e um medo de que não dê certo e você esteja desperdiçando tempo. Mas como uma vozinha insistente fica te dizendo que é isso que você tem que fazer, você conitnua. Passa o equivalente a dois anos de sua vida de lagarta construindo um casulo bem caprichado.
Aí chega a hora de entrar no casulo. Você entra. E é muito bom lá dentro. Chega a hora de sair do casulo. Dá medo, mas do seu lado tem um monte de mariposas que você não conhecia, e mais uns bichosfamiliares, todos com um sorriso maroto e a mão estendida para te ajudar. Você sai. E a sensação de bater as suas asas novas pela primeira vez é indescritível...
E você é finalmente uma borboleta, e tem toda a liberdade de voar quando quiser, e todos os outros bichos ficam admirando suas asas multicoloridas, e você nem se importa mais com o que os outros bichos acham, você aprendeu que a única, única, única referência que deve te guiar é a sua felicidade, o que não significa fazer os outros infelizes, muito pelo contrário, quanto mais você cultiva a felicidade à sua volta, mais feliz você é...
... e dá uma saudade do tempo que você rastejava na terra...
