por meus olhos trans-lucidos


quarta-feira, dezembro 31, 2003



A gente pode nascer de novo todo dia.

Mas tem alguns partos que são mais inteiros do que outros.

Feliz 2004.



Mirana às 21:51



terça-feira, dezembro 30, 2003



Tchau.
Até mais.
Adieu.
A gente se vê por aí - ou não.

Foi um prazer inenarrável, mas tenho umas coisas pra resolver num lugar onde você não pode ir.




Mirana às 20:34



segunda-feira, dezembro 29, 2003









Hoje falei com a Rizzinha.
Fazia meses que eu não falava com ela. Faz mais tempo ainda que não a vejo.
Tenho vontade de ver o sorriso dela insistindo que há um propósito.
Tenho vontade de ver os olhos dela, espiando pra descobrir o que está atrás.
Dedico meu próximo pôr-do-sol de tirar o fôlego pra você, menininha. Acho que nunca estivemos tão próximas.







Mirana às 16:11



domingo, dezembro 28, 2003



A melhor leitura das férias: Paris pelos olhos dela.

Só não é perfeita porque não dá pra levar pra praia.



Mirana às 15:41






Antes eu era assim



Aí eu fiquei assim

Só que sem os cachinhos.




Mirana às 13:22



quarta-feira, dezembro 24, 2003







Mirana às 21:13





Estou em casa.
Fazem menos de 24 horas, mas parecem dias.
Só quando desafrouxamos os nós é que percebemos o quanto eles nos incomodam, acho.
Sem precisar de tapão nas costas, estou andando com a coluna mais reta.



Mirana às 21:11



sábado, dezembro 20, 2003







Mirana às 11:33





Meu aniversário passou, e como vi escrito lá em casa, não fiquei "um ano mais velha, consequentemente mais madura, mais poderosa, mais esperta, mais bonita e mais inteligente".
Mas ganhei o melhor presente de todos: a certeza de que família pode ser quem não te entende, quem te sufoca, e quem te machuca por não te entender ao mesmo tempo que te ama.
Mas também é quem prepara um bolo de verdade com velinhas e bexigas às escondidas no seu aniversário.



Mirana às 11:15



quinta-feira, dezembro 18, 2003



Cansou de ouvir tudo o que está por aí?
Então...


Clique na imagem para conhecer a música


A Rádio Cultura do Pará está promovendo o 1º Festival Cultura de Música.
E o Rodrigo está concorrendo, com a música Nada, a uma vaga na final.
A votação em Nada é válida somente hoje das 10:00h às 19:00h.
Para votar é bastante simples: basta acessar o site da Rádio Cultura.


Conheça, ouça a música, vote, divulgue!
Abaixo o código do banner. É só copiar e colar!







Mirana às 12:37



terça-feira, dezembro 02, 2003



relendo meu blog antigo.

muita coisa mudou, sim.

mas olha o que eu achei:

Quando olho para mim não me percebo.
Tenho tanto a mania de sentir
Que me extravio às vezes ao sair
Das próprias sensações que eu recebo.

O ar que respiro, este licor que bebo,
Pertencem ao meu modo de existir,
E eu nunca sei como hei de concluir
As sensações que a meu pesar concebo.

Nem nunca, propriamente reparei,
Se na verdade sinto o que sinto. Eu
Serei tal qual pareço em mim? Serei

Tal qual me julgo verdadeiramente?
Mesmo ante as sensações sou um pouco ateu.
Nem sei bem se sou eu quem em mim sente.

Fernando Pessoa




Mirana às 22:53





amanhã vou acordar - tomar banho - trabalhar das 8h às 13h - ir almoçar - voltar pro trabalho - sair às 18h - ir pra casa - me arrumar - sair de novo - ficar bêbada - voltar pra casa - dormir.

ou então simplesmente fazer as malas, vender o carro e ir embora.



Mirana às 22:20



segunda-feira, dezembro 01, 2003



1 de dezembro


Sou fruto da geração Capricho.

Dos meus 13 aos 16 anos, acho, todo mês eu recebia em casa os gatos mais lindos do pedaço; dicas importantíssimas de moda (o "certo e errado" era a minha parte favorita); truques para se maquiar; tira-dúvidas de sexo (e eram muuuitas); dicas de orientação vocacional; como e porque reciclar papel e não jogar pilhas no lixo comum (aprendi direitinho e vim parar numa ONG!); e testes, muitos testes para finalmente descobrir se eu beijava bem, se eu era do tipo racional ou emotiva e se eu era uma boa amiga. Ler a Capricho era como entender, finalmente, como funcionava esse mundo estranho. Era entender o que eu deveria desenvolver em mim e como agir para me tornar uma mulher legal.

Ok, talvez eu tenha exagerado um pouco e tenha entendido que era absolutamente necessário ser, ao mesmo tempo antenada com a moda, boa profissional, beijar bem e cuidar do meio ambiente e ser uma boa amiga. E saber me maquiar. Durante muito tempo, quis ser a mulher maravilha...

Mas a maior herança que eu carrego comigo da Capricho, quer saber, foi uma lavagem cerebral mensal. Na época em que era editada pela Mônica Figueiredo (acho que é esse o nome dela), não passava um mês sem que viesse escrito em pelo menos uma página inteira:

USE CAMISINHA


Isso sem contar as capas especiais (lembra daquela com a Luana Piovani, super teen?), as matérias contando as histórias de meninas grávidas e o livro daquela menina Valéria, que pegou AIDS num cruzeiro com a família, ao perder a virgindade. Nunca consegui abrir mão da camisinha sem pensar em tudo isso e estragar o clima. Potanto, não abro mão. Simples assim.

Resumo da ópera: nesse dia em que é pra se lembrar dos milhões que morrem devagar porque não podem se tratar; das que não conseguem pedir ao marido que come fora de casa para usar camisinha; dos que ainda acham que AIDS é coisa de viado; e de milhares de outras pessoas que carregam consigo a incerteza, ou, não sei o que é pior, a certeza de que foram invadidos por um inimigo invisível; agradeço por ter a oportunidade de me cuidar.

E faço questão de engrossar o coro: galera, acorda. Não é porque o boom da Aids na mídia passou, e que vivemos no país-modelo de tratamento gratuito, e que os novos coquetéis oferecem uma certa qualidade e quantidade de vida, que acabou o assunto. Hoje eu coloco ali do lado, permanentemente, a imagem de uma campanha pra não deixarmos de pensar no assunto. Acessem o link and think.



Mirana às 10:08







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