Espero que isso seja a última coisa que eu falo aqui sobre essa guerra idiota. Tenho evitado pensar no assunto, como se me manter à distância dessa loucura me fizesse menos louca também. Ou menos humana - no sentido pequeno da palavra -, menos egoísta, menos prepotente, menos... Bush. Porque no fundo, no fundo, acho que às vezes somos todos um Bush, menininhos (as) mimados confinados em seus castelinhos de brinquedo, achando que sabem demais das coisas para não meter o bedelho na vida alheia, e ficando cheios de raiva quando alguém diz: "eu tenho mais petróleo que você, ha-ha-ha-haaa". A diferença é que ele tem atrás de si uma cultura americanóide de "donos por direito do mundo inteiro", e o maior arsenal bélico do planeta. Você saberia usar todo esse poder com sabedoria? Eu não sei se eu saberia.
O post é colado dela, do blog do qual eu já manifestei meu vício.
Nojo
Me enojam. Me enojam. Me enojam. Me enojam as cenas da polícia jogando água nos manifestantes, me enojam as imagens de soldados iraquianos rendidos, magrinhos, amarrados, com o olhar perdido, enquanto marines alimentados a leite A os conduzem. Para onde? A gente não sabe. Me enojam as cenas de outros soldados iraquianos rendidos sendo "entrevistados", obrigados a dizer que desertaram por que os Estados Unidos estão lá para salvar o Iraque, e portanto não fazia sentido que eles resistissem. A câmera fechada provavelmente ocultava a pistola apontada. Me enoja a pretensão bizarra de uma guerra limpa "sem baixas", "rápida", como eles dizem.
Me aperta o coração a imagem de um egípcio, levantando o dedo indicador e dizendo não sem parar, todo molhado pelo jato d´água de um Brucutu nas ruas do Cairo. Ele somos nós. Nós somos ele. A imagem da nossa impotência, a imagem da nossa insistência.
Faço minhas as palavras dela. Essa menina sabe das coisas, não é?
Leiam o livro "A Deusa Interior", de Jeniffer & Roger Woolger.
Sobre os seis arquétipos femininos (mãe, matriarca, guerreira, amante, caçadora e sacerdotisa) e como nós somos influenciadas por eles.
Explica muita coisa...
Eu, por exemplo, era totalmente Atena até três anos atrás.
Agora? rsrs....
A foto da minha carteirinha da USP (que vai me acompanhar por longos quatro anos, ou mais) ficou tão tenebrosa que vou usá-la como patuá contra maus-espíritos. Ou para espantar moscas. Ou para proteger de vampiros. Ou...
Como se já não bastasse o namorado só aparecer quando eu estava feliz solteira, será que TODOS os caras por quem eu já fui apaixonada têm que me ligar nessa semana, me chamando para uma saidinha sem compromisso???
Mas não tem nem dúvida.
Se é namoro, é namoro. Não tem dessas de pular a cerca comigo, não.
Descobri que sou, sim, ciumenta. Hoje o Ri começa um trabalho novo onde eu sei que ele vai ser bastante assediado. Não é que eu deixei com o rapaz o meu anel de dedão, para ele lembrar de mim?? De quebra, parece meio uma aliança. Do tipo "espanta-lambisgóia". Quem diria, dona Mirana...
Quem nunca ouviu a frase: "Namorados são coisas que aparecem só quando você não está procurando por eles".
Pois eu passei os últimos anos procurando. E alguns dias depois do post "solteríssima", ali embaixo, não teve jeito. Fui obrigada a mandar às favas meus pré-conceitos, minhas idealizações e simplesmente admitir que eu adoro passar horas coladinha nele.
Pronto. Estou namorando. Simples assim, tão esperado e surpreendente assim.
Com o pé no chão e a cabeça (e o coração) prontinhos para alçar vôo.
Em algum momento esse blog se desconectou de coisas simples, cotidianas, e passou a ser um registro de considerações mais gerais sobre a (minha) vida, mudanças profundas e filosofias de botequim.
Problema nenhum nisso. Eu também estou pairando por sobre a terra. Vide a luz do banheiro que sempre deixo acesa, os esquecimentos constantes de coisas simples e a resistência em voltar à rotina.
