Não me deram o Laço da Verdade nem o Avião Invisível
Quando eu abro mão da SuperMi (aquela poderosérrima, que está sempre forte, depilada e sorrindo, e tem sempre uma resposta inteligente na ponta da língua), vem alguém e reclama que eu já não sou como era.
Será que eu fingia tão bem assim? Será que não era óbvio que aquela mulher não existia de verdade, era uma projeção perfeccionista de quem eu queria ser?
Anyway, dane-se quem não está satisfeito com essa nova versão. Às vezes meio enjoada, chatinha mesmo, às vezes simplesmente bem. Mas (quase?) sempre autêntica.
Sem peso na consciência algum, ando levando a faculdade "no carisma", como diria a Lelê.
Posso estar sendo metida. Mas o primeiro semestre de faculdade a gente só precisa fazer bem-feito uma vez. Depois que pega o jeito, a manha, tenho a sensação constante de estar sendo menos desafiada do que gostaria.
E você sabe que está ficando velha (e que demorou para encontrar seu rumo na vida) quando seus colegas de faculdade têm a mesma idade da sua irmãzinha caçula. Alguns até menos !!!
Ou quando faz as contas, e vê que não dá tempo de terminar a faculdade, fazer mestrado, morar um ano na Espanha e ter o primeiro filho, tudo isso antes dos 30.
O que será que eu vou priorizar?
Juro que tenho tentado postar. De vez em quando, é verdade, mas tem sempre algum probleminha e o post não sai.
Não abandonei o filho que criei, não.
Mas também, tenho gostado muito mais de cheiros, sorrisos e toques do que caracteres, bytes e imagens. Dá pra entender, né?
A única coisa que eu sinto mais falta é de saber as novidades das vidas das pessoas que amo.
Pessoas que, aliás, eu espero que não interpretem meu sumiço como menos amor.
