por meus olhos trans-lucidos


quinta-feira, maio 06, 2004



Flor-de-ir-Embora
(Fátima Guedes)

Flor de ir embora
é uma flor que se alimenta
do que a gente chora
Rompe a terra, decidida,
flor do meu desejo
de correr o mundo afora


Flor de sentimento
amadurecendo, aos poucos,
a minha partida
Quando a flor abrir inteira
muda a minha vida
Esperei o tempo certo

E lá vou eu, e lá vou eu
flor de ir embora, eu vou
E agora esse mundo é meu.



Mirana às 10:14



sexta-feira, janeiro 30, 2004



Tem gente que vai se deliciar com essa notícia.


Lembrando da época da Manoela (o primeiro carro da família, um fusca amarelo que eu amava, e que vendemos quando eu tinha uns 6 anos), meu pai deu risada comentando da Priscila e do Oscar.

- Quem? pergunto eu.

- A Priscila e o Oscar. Aquelas duas mosquinhas de fruta que moravam dentro da Manoela, e que deviam viver de algum resto de comida que a gente nunca encontrou pra limpar. Você deu nome pra elas, e não deixava ninguém matar porque eram de estimação. Eu passava aperto quando ia dar carona pra alguém, e tinha que avisar que não podia matar as moscas... Você não lembra?

Não. Eu não lembrava.

(suspiro)

Eu já tive moscas de estimação. Isso explica muita coisa.



Mirana às 12:40





Alguém colocou um pogobol amarrado nos meus pés enquanto eu dormia.

É uma explicação plausível pra minha vontade incessante de sair pulando pelo mundo todo.





Mirana às 08:34



quinta-feira, janeiro 22, 2004



Feliz. Muito. Muito MESMO.




Mirana às 22:11



terça-feira, janeiro 20, 2004



Estou com vontade de nadar nua, submersa num mar imensamente grande e azul, puro silêncio, plâncton e sal.

Brincar com golfinhos como meus iguais.



Mirana às 00:15



segunda-feira, janeiro 19, 2004



XXIII
Não faças de ti
Um sonho a realizar.
Vai.
Sem caminho marcado.
Tu és o de todos os caminhos.
Sê apenas uma presença.
Invisível presença silenciosa.
Todas as coisas esperam a luz,
Sem dizerem que a esperam.
Sem saberem que existe.
Todas as coisas esperarão por ti,
Sem te falarem.
Sem lhes falares.

Cecília Meireles, Cânticos.





Mirana às 23:32



domingo, janeiro 18, 2004



correção:
a melhor brincadeira do mundo
é
ser um.



Mirana às 12:53





de volta.

"como foi em Angra?"

ainda penso um bocado pra responder, e ao invés de dizer "os dias mais longos, intensos e modificadores da minha vida", acabo falando simplesmente "ótimo".

muita gente na rodoviária: queria que ninguém me visse, ser invisível na massa. mas com aquelas duas malas enormes penduradas nos meus ombros, e meus olhos espantados fluorescentes, não deu jeito.



Mirana às 12:33



quinta-feira, janeiro 08, 2004



17 horas
17 anos



Mirana às 23:03



terça-feira, janeiro 06, 2004






Ando devagar porque já tive pressa
E levo esse sorriso porque já chorei demais
Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe
Eu só levo a certeza de que muito pouco eu sei
Eu nada sei

Conhecer as manhas e as manhãs,
O sabor das massas e das maçãs
É preciso o amor pra poder pulsar,
É preciso paz pra poder sorrir,
É preciso a chuva para florir

Penso que cumprir a vida seja simplesmente
Compreender a marcha, e ir tocando em frente
Como um velho boiadeiro levando a boiada
Eu vou tocando os dias pela longa estrada eu vou
De estrada eu sou

Todo mundo ama um dia, todo mundo chora
Um dia a gente chega e no outro vai embora
Cada um de nós compõe a sua história,
E cada ser em si carrega o dom de ser capaz
E ser feliz




Mirana às 12:58



quarta-feira, dezembro 31, 2003



A gente pode nascer de novo todo dia.

Mas tem alguns partos que são mais inteiros do que outros.

Feliz 2004.



Mirana às 21:51







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